VIAGEM AO SERTÃO DA BAHIA – SEXTA PARTE

A VIAGEM AO SERTÃO DA BAHIA CHEGA AO FIM

VIAGEM AO SERTÃO DA BAHIA – SEXTA PARTE

Aprendi a rir de mim mesmo quando erro e aprendo com os erros. A autossuficiência, às vezes, é inimiga. Domingo acordei disposto a ir ao povoado do Pilar, onde eu conheci produtores de bode defumado, pernil, costelas e linguiça. Confirmei com o dono do hotel a distância de 54 km mais ou menos. A estrada estava asfaltada e eu comemorei. Bem adiante encontrei um entroncamento que dizia: em frente Juazeiro, à direita a Mina do Surubim da Caraíba e, à esquerda, “Pilar”. Achei estranho, porque sabia que Pilar ficava no meio do caminho, à beira da pista. Peguei a orientação e segui por uma boa estrada de chão e poeira, fui no “ali de mineiro”. Andei mais que mentira em rede social e não chegava. Achei estranho e voltei, após rodar léguas. Ao chegar na rotatória, peguei sentido a Juazeiro, na teima de quem quer entender a confusão em que se meteu. Não sou de errar caminho, e meu instinto de direção dispensa GPS. Cheguei a Pinhões. Uai, sô? Pinhões é paralelo a Pilar, o que estou fazendo aqui? Era a BR. 235. Eu havia pegado uma saída que nunca usava, errada para quem queria ir direto ao Pilar, que era pela BA.314. A rodovia certa estava a mais de 50 km de onde eu estava. Por ali, ia dar o dobro do caminho. De consolo, os 120 km percorridos de ida e volta não foram perdidos, pela beleza de ver o açude de Pinhões cheio, de encontrar um conhecido que há mais de 20 anos não via, ver as Serras da região. Ri muito do erro rodoviário – geográfico – direcional que cometi. Não levei meu inseparável mapa por achar que dominava a região. Aprendi mais um caminho e de quebra conheci a estrada que vai para Curaçá, trecho que nunca fiz por ali, mas que pensei originalmente em fazer nessa viagem só para ver e tomar banho no Velho Chico, mas havia combinado ver a Argentina ganhar da França com amigos em um sítio no Sertão de Uauá. Errei, paguei, aprendi, ri muito. Sei reconhecer um abestalhado sabichão. Tem coisa melhor!

Banana irrigada da região de Curaçá. R$ 3,00 a penca.

Manga irrigada da região de Canudos. R$ 10,00 o saco com 15.

Bode vivo… de R$ 100,00 em diante… nascido “no começo do verão”.

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