VIAGEM AO SERTÃO DA BAHIA – QUINTA PARTE

 A VIAGEM AO SERTÃO DA BAHIA CONTINUA

 

VIAGEM AO SERTÃO DA BAHIA – QUINTA PARTE

Turismo no Brasil!

Minha visão de Turismo é de um viajante curioso, ávido por aprender e conhecer, não de especialista em nada. Como o que tem, durmo onde dá, viajo das formas possíveis na busca de onde quero ir. Em tudo dou prioridade e preferência ao bom, ao melhor, ao seguro, ao saudável, ao confortável, mas não gasto minha energia e humor dando nota em tudo, sendo crítico da realidade do meu país de terceiro mundo. No geral, Turismo no Brasil é uma esculhambação. Você escolhe: viaja para aproveitar ou se chatear. Se não gostar, mude, não volte, mas aproveite.

A maioria das cidades do interior incham, não crescem. Não têm Administração Pública, têm Prefeituras precárias, gente empreendedora, trabalhadora, mas sem educação, formação, bom gosto. Às vezes, quanto maior a cidade, pior.

Hotéis, restaurantes, bares pelo interior são para quem não está preocupado com os meios, mas com os objetivos das viagens.

Em Euclides da Cunha fiquei em uma pousada dormitório no centro, onde o som da praça foi até a madrugada. Em Uauá, na orla (seca) onde fica a maioria dos restaurantes, não consegui ficar para jantar por causa dos sons altos. Voltei para o dormitório hotel, muito simples mas no silêncio, pedi uma sopa caseira com pão de lenha, liguei o ar, combati e venci as muriçocas que estavam no quarto, e dormi bem. Acordei com o canto dos pássaros. Às vezes, viajo levando coisas suficientes para fazer o meu do jeito que gosto, onde quero: churrasqueira, faca, canivete, cachaça e vinho bom, água e gelo. Frutas, farinha e carne a gente acha em todo lugar.

Turismo no Brasil precisa de mais gente viajando para dar valor ao que tem valor, pagar o que vale, mas, quem não quer passar perrengue, quem tem critérios rigorosos de qualidade e limites, é melhor não viajar. Em tudo, respeito pela própria natureza.

A tradição comercial Sertaneja de vender a “banda” de bode, ou bode inteiro, não segue as regras de peso, mas do tamanho, do olho, da cara do cliente, que vai de 100 a 200 reais na feira da cidade de Uauá, nos dias de segunda feira.

Uma parte do açougue público de Uauá já está adequada à cultura e tradição de vender o bode 🐐 estendido no varal, onde o cliente vê e escolhe, paga e leva, levando e deixando de graça o “leriado”.

Uauá, capital brasileira do bode – cabra – cabrito – caprino – é um dos poucos lugares da Bahia onde não se come carneiro por bode. Um dos mais emblemáticos exemplos é o “Bododromo” em Petrolina onde só se acha “Bode” pra remédio.

“Mandacaru quando fulora na seca, é o sinal que a chuva chega no sertão, toda menina que enjoa da boneca é sinal que o amor já chegou no coração.”

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