VIAGEM À SERRA DA CANASTRA – V

DE VOLTA À SERRA DA CANASTRA – PARTE 5

VIAGEM À SERRA DA CANASTRA – V

Dizem os antigos que o nosso queijo veio lá de Portugal. Também dizem que os tropeiros trouxeram o queijo em suas travessias. O que sabemos é que aqui se aprende a fazer queijo desde menino. Antigamente, nossos avós faziam queijo só para o sustento da família. Aos poucos o queijo começou a ser vendido em outros vilarejos perto daqui. Para não amassar, o queijo só podia viajar com mais de 30 dias de cura, quando já estava mais firme e amarelado.

É por isso que o queijo tradicional da Canastra ficou conhecido por ter uma casca amarela por fora e por ser macio e saboroso por dentro. Hoje, o Queijo da Canastra ficou tão famoso que o seu modo de produção é reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio cultural imaterial brasileiro, desde 2008.

 

Já havia falado sobre o melhor conceito de Família quando descrevi parte da história da Fazenda de Zilomar, suas filhas e sucessoras. O exemplo se repete por muitos empreendimentos na região da Serra da Canastra, com papel de destaque das Mulheres, Avós, Mães e Filhas.

O desafio do povo da Canastra é crescer sem se perder de suas raízes, de suas identidades e essências.

” Para ser autêntico, o Queijo da Canastra precisa ser feito em um desses 7 municípios: São Roque de Minas, Medeiros, Vargem Bonita, Tapiraí, Delfinópolis, Bambuí e Piumhi, cidades que formam a área delimitada pela Indicação de Procedência Canastra.

O tipo de pastagem, o gado, o relevo, o clima e a pureza da água dão identidade ao queijo que a gente faz. A todas essas características damos o nome de terroir da Região do Queijo da Canastra.

O queijo é muito mais do que um produto na região, ele representa a nossa cultura, as nossas tradições e faz parte da história de quase todas as famílias daqui.”

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