UM GIRO POR SANTIAGO DE COMPOSTELA

Um giro pela cidade de Santiago de Compostela completa a nossa caminhada.

Um giro pela cidade, depois de cumpridos os deveres de peregrinos, é uma forma de de contato direto, através do qual podemos ver, conhecer e aprender um pouco mais sobre a cultura e os costumes locais.

A Europa é primeiro mundo quando comparada a continentes como África e América Latina, especialmente nos aspectos de saneamento básico, limpeza urbana, educação, segurança, qualidade de serviços, democracia. Entretanto, está muito longe de ser um continente exemplo de civilidade, urbanidade e gentileza para merecer a denominação de primeiro mundo. Essa é a minha impressão.

São muitos os brasileiros que trabalham na Espanha e Portugal. 100% deles dizem ser a segurança a principal razão de não pensarem em voltar.

Não sei mais como o Brasil trata seus pacientes com transtornos mentais graves, mas nesse Sanatório Psiquiátrico de Santiago de Compostela vale a pena internar os que ainda estão sãos por lá.

Eu tinha falado das Camélias que não caíram do galho, não deram suspiros e não morreram?

A melhor forma de se aprender um idioma é em seu país de origem. Na Espanha, são 4 idiomas diferentes e iguais. Na Galícia, troque o “xis” pelo “jota” e pelo “gê’ e verá…

Pornografia e pornofonias são “pornointerpretações” sujeitas às regionalidades e  linguagens de cada lugar, na lógica da geografia das moralidades…

Ao longo do Caminho Português de Santiago, percebemos que cerca de 60% dos peregrinos que encontramos são do sexo feminino, assim como os maiores grupos também são basicamente formados por mulheres.

Oliveira, para mim, muito além do meu sobrenome paterno, sempre foi uma “árvore santa”, bíblica, fantástica produtora de azeitonas e azeites. No Caminho, oliveiras centenárias são parte importante do mergulho na história.

Em Santiago de Compostela tem aeroporto, mas decidimos voltar de ônibus para o Porto, viagem que durou quatro horas passando por Pontevedra, Vigo e Braga.

Apesar de seus terminais intermodais, trens, ônibus urbanos, metropolitanos, e até internacionais, serem limpos, organizados e modernos, os europeus, de modo geral, não são gentis e bem humorados. O tratamento melhora quando criamos empatia.

Fora dos centros históricos preservados, vivos, ativos e dinâmicos das cidades europeias, as edificações são modernas, adensadas e no mesmo formato das nossas. A diferença, nos campos econômico  e social, é que não têm favelas e sujeira, mas são muito parecidas nas configurações. Por onde passamos não vimos arranha-céus.

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