SEGUNDA EXPEDIÇÃO AO VALE DO PATI

SEGUNDA EXPEDIÇÃO AO VALE DO PATI – PARTE III

Nossa Segunda Expedição ao Vale do Pati foi mais detalhada nesse terceiro artigo, com número maior de fotografias que exibem as belezas e dificuldades encontradas ao longo do trajeto.

O que nos trouxe, o que nos levou a fazer essas coisas possíveis a tantos e inimagináveis a outros tantos? Como pessoas tão diferentes, de tão diferentes formações superam diferenças, divergências, personalidades, e durante quase 200 horas convivem, solidarizam-se na busca de objetivos absolutamente individuais e pessoais, mas tão coletivos? Saímos todos maiores e melhores… com certeza!

Os pássaros pretos, sabiás, assanhaços, saíra brasileirinha, periquitos, maritacas e cardeais são os relógios da natureza que anunciam o começo e o fim do dia, a hora de dormir e de acordar!

Em lugares assim, onde tudo é lindo e perigoso, toda atenção é necessária. Encontramos crianças de cinco anos andando nas trilhas, crianças de 2 anos em mochilas nas costas de pessoas, gente sem calçados e roupas adequadas para o ambiente do Vale.

Na Bagunça do meu coração defensor dos Parques Nacionais, Estaduais e Municipais de preservação e conservação do meio ambiente, nunca vai se fechar a história da forma como foi criado e é mantido o Parque Nacional da Chapada Diamantina. Com apenas quatro entradas, o Vale do Pati não tem portarias, postos de fiscalização e controle. Assim, são os Patizeiros e os Guias Nativos Profissionalizados que fazem o papel que deveria ser feito pelo Estado ausente. A história da Chapada Diamantina e do Parque merece estudo, formação e expressão de opinião, não sem antes conhecê-lo pessoalmente.

Aqui, resgate só em lombo de mulas e burros, onde eles tem acesso. Portanto, fazer trekking no Vale do Pati requer consciência e comportamento não muito comuns à maioria dos brasileiros.

Manhã de garoa, Mucugê amanheceu com 15⁰. É hora de voltar para casa com as lembranças da exuberante  flora do Vale do Pati e das histórias ainda por contar.

Na minha infância, na zona Cacaueira da Bahia, a Araponga – Bigorna era um pássaro que me encantava. Havia anos que não os via ou ouvia. Mas eis que no Teatro da Natureza ouvimos Conserto dos Machos e das Fêmeas nos palcos de acústicas únicas, soberanos tenores, absolutos artistas…

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