Reflexões de um confinado

E de repente o mundo parou sem parar a vida. Que loucura! De repente, mas não por acaso, ficamos mais iguais com todas as diferenças. Estão bagunçadas todas as organizações, todos os controles piraram e falharam, a verdade perdeu o rumo, as prioridades mudaram. Tudo na lógica do momento, da fase. Resta aprender mais que compreender, que tentar explicar.

Mas, se tem uma coisa que me arrependo na vida, foi e é de não ter viajado mais, muito, muito mais.

Viajei muito, mas, muito menos do que deveria e precisava. Viajar não é maratona, desafio, meta ou objetivo, é vida. Casa é toca, ponto de repouso e recarga de energia, não é o fim ou o começo. O relógio é movimento permanente e, assim sendo, o tempo é rumo e direção.

Nesse “ano confinado”, não me assustei e não me assusto com o vírus pois tenho plena consciência da minha fragilidade como ser humano diante das circunstâncias da vida. Tudo pode mudar no próximo segundo.

Organizando arquivos, lendo e relendo livros, tentando arrumar fotos e textos escritos dos lugares visitados, caiu a ficha de vez: minha casa é o mundo, minha escola é a estrada, meus mestres são as pessoas que estão por ai, a guia é a Natureza!

Com essa decisão, vou arrumando os arquivos e dividindo com os amigos “As viagens”.

Começo com a Amazônia.

Barco de passageiros
Casa de ribeirinho
Casas e restaurante flutuantes
Embarcações atracadas no porto de Manaus
Encontro das águas do Rio Negro com o Solimões
Navegando no encontro das Águas
Fazenda às margens do Rio Amazonas
Hotel de selva Ariaú

Quem não conhece não pode falar. A Amazônia é diferente de tudo e de qualquer coisa que já se viu ou ouviu falar, como o Alaska, os Polos, o Deserto de Atacama, o Salar do Uyuni, a Patagônia e outros lugares do planeta, únicos, sem iguais. Passar apenas de passagem não é conhecer. 

 

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