REFLEXÕES AO PÔR DO SOL

O PÔR DO SOL É SEMPRE UM BOM MOMENTO PARA REFLEXÕES

 

REFLEXÕES AO PÔR DO SOL

 

Na minha infância, na zona rural da região do Cacau, nós tínhamos muito respeito pelos mais velhos, alguns deles poetas, músicos, filósofos sem escola. Lembro-me que um deles, já falecido, me prendia a atenção pelas histórias, pelas longas respostas às minhas simples perguntas infantis. Uma vez ele me disse, e eu nunca esqueci: “Carlinhos, quem pensa com a cabeça dos outros é porque não tem cabeça”. Passou um tempão me explicando algo aparentemente tão óbvio que só agora compreendo. Se ele fosse vivo, mais que lhe agradecer e dar razão, eu lhe diria: mas são tantos!!!???

Confesso que, por respeito, apreço e consideração, às vezes tento compreender ou até me preocupar com as preocupações manifestas dos meus amigos. Converso, falo, ouço, pondero e avalio as ponderações.
Às vezes, percebo tanta convicção, angústia, medo e ansiedade nos textos e áudios, que não tenho como ser e ficar indiferente. Afinal, são pessoas que conheço, sei de suas histórias, das suas lutas, na sua grande maioria, vitoriosas, vencedoras. Cair e levantar é parte da caminhada, como chorar e sorrir faz parte das humanas vidas.
Evidentemente que a dor dói em que sente. Por mais que haja solidariedade entre pessoas, as dores são intransferíveis, únicas, próprias.
Com essa compaixão solidária fui andar, deixar a endorfina ajudar nas reflexões. Então, no pôr do sol, eu li:
Não importa o que esteja pensando cada cabeça, sentindo cada coração, os dias passarão a cada amanhecer e anoitecer. Tão divino quanto isso é a única liberdade possível e verdadeira: a de pensar e sentir!
Senti um imenso alívio e uma paz inimaginável, típica dos “insights“. As minhas angústias serão de todos se todos as sentirem de forma igual; as angústias dos outros só serão minhas se eu assumi-las como tal. Não existem lições nisso tudo, apenas escolhas.
Nossas mães diziam que cada doido tem a sua mania. Os hippies dos anos 70 ensinavam: “o baseado pode ser do mesmo fumo, mas a viagem é de cada um. Vá na paz, na sua”.

Antônio Carlos Aquino de Oliveira

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