OS LIMITES DO HOMEM NA NATUREZA
OS LIMITES DO HOMEM NA NATUREZA –
ALGUMAS REFLEXÕES
OS LIMITES DO HOMEM NA NATUREZA
Somente os cegos pela arrogância, pelo orgulho e pela prepotência não entenderam ainda os limites impostos pela natureza e também pelo seu próprio corpo, embalagem física que também tem seus limites. Essa constatação está longe de negar a significância humana, mas alertar para a necessidade e importância da humildade.
A uma altitude de 8.000 metros acima do nível do mar, os seres humanos entram em uma condição considerada de “zona da morte”. Permanecer por muito tempo nessa zona da morte aumenta os riscos de congelamento, de sofrer o mal da altitude, embolia pulmonar, AVC, e muitas outras manifestações físicas que podem nos levar à morte.
A falta de oxigênio e o frio são alguns dos fatores que fazem de uma escalada em alta montanha uma tarefa hercúlea, mas questões como o cansaço, a insônia e a exaustão também fazem do “ataque ao cume” uma situação ainda mais complicada.
No nível do mar, o ar contém aproximadamente 21% de oxigênio, mas a partir dos 3,6 mil metros de altitude esse nível diminui em 40%. Na “zona da morte” – a partir de 8 mil metros de altitude – respirar torna-se praticamente impossível, mesmo com oxigênio extra. “Você está morrendo lentamente a mais de 5,4 mil metros”, disse Peter Hackett, professor clínico do Departamento de Ciências Pulmonares da Universidade do Colorado, ao Popular Science: “Mas, quando você chega a mais de 7 mil metros, você começa a morrer muito mais rapidamente”.
A falta de oxigênio resulta em inúmeros riscos para a saúde. Quando a quantidade de oxigênio no sangue cai abaixo de certo nível, a frequência cardíaca sobe para 140 batimentos por minuto, aumentando o risco de um ataque cardíaco. Além disso, crescem as chances de se ter um edema pulmonar, assim como falta de ar, sentimento de fraqueza e tosse.
Nas nossas avaliações e reflexões nas trilhas, Orlando e eu nos perguntamos muitas vezes se as expedições à Natureza são mais arriscadas e perigosas que os aglomerados urbanos?