OITAVO DIA NO CAMINHO DE SANTIAGO

No oitavo dia no Caminho de Santiago percorremos o trecho entre Caldas de Reis e Padrón.

As 7 horas estávamos prontos para o café. Depois botamos o pé na estrada.

Somos resultado dos livros que lemos; dos cafés que degustamos; das viagens que fazemos e das pessoas que amamos!

Às 7h45 já estávamos com os pés no caminho, esperanças nos ombros e coragem no peito.

A vida de um ser vivo, de um passageiro da vida, nunca será – um – instante enquanto – o – instante final não acontecer. Marcas registradas e momentos eternizados em vida serão sempre marcas e momentos que não sobreviverão ao – o – instante !

Quem se propõe a caminhar tem o mesmo propósito de quem se propõe a viver verdadeiramente a “sua” própria vida. Sabe que não faz um mergulho em uma fonte mágica de mudanças e transformações, mas que acorda de sonhos, abandona devaneios, desperta para a realidade da vida, do jeitinho que ela é. Isso é muita coisa, mas não é muito quando se sabe que se vive em um mundo em transição, em um emaranhado de outros destinos, com tantas conexões.

Hoje concluímos a oitava e penúltima etapa do Caminho que nos propusemos fazer. Estamos a um dia da conclusão do Caminho Português de Santiago saindo do Porto.

Foram 18,73 km de subidas e descidas, belos bosques e florestas, alguns trechos de estrada passando por vilas, Concluímos em cinco horas a jornada do oitavo dia.

Em nossa caminhada levamos apenas uma mochila com o que é essencial para o trajeto. A operadora leva nossas malas de um hotel para o outro. Quando chegamos no hotel do destino seguinte as malas já estão lá.

Um capítulo à parte nessa etapa da viagem está sendo o Hotel Pazo de Lestrove, uma edificação do século XVI adaptada para hotelaria.

Amanhã seguiremos para a última etapa do Caminho. Serão 23 km. Chegando lá pretendemos assistir uma missa, sentir a emoção de nada vencer, de ganhar de ninguém, a ninguém pedir nada: só agradecer!

O hotel dá meia hora de passeio.

Camélia para mim sempre foi letra de música de Carnaval “que caiu do galho e depois morreu.” Nunca vi tantas como no Caminho Português de Santiago de Compostela, em especial a Camélia branca que agora seiu que é muito popular, sendo cultivada no mundo todo, tanto em climas tropicais, como temperados. Seu tronco é lenhoso e suas folhas são elípticas, cerosas e coriáceas, serrilhadas ou denteadas. As flores solitárias, podem ser de diversos tipos, podendo ser grandes ou pequenas, simples ou dobradas, de diversas cores, sendo que as mais comuns são as brancas, as róseas e as vermelhas, e não são raras as bicolores.

O tamanho, a cor e a quantidade dos limões sicilianos, das laranjas, tangerinas e pêssegos nos quintais, ao longo do caminho é um espetáculo à parte. As pessoas respeitam.

O Jardim Botânico de Padrón foi criado em 1946 e é uma referência na Galícia.

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