peixe baiacu

Nem máximo nem mínimo, no tamanho exato – Por Antônio Carlos Aquino de Oliveira

Não sei de onde vem a predileção dos brasileiros por tamanhos, por comparações. Por onde ando me deparo com slogans que afirmam – o maior do Brasil – o melhor do mundo! Sempre no superlativo.

Saindo do mérito da cultura nacional, volto para o “Tamanho do Estado”, tema que acende a fogueira nos debates estéreis e inúteis entre partidários, de todos os lados, das ideologias atuais e passadas. Para quem não sabe aonde ir, qualquer caminho serve, como servem as teorias econômicas e políticas dos séculos XVII, XVIII, XIX e XX, para a realidade totalmente diferente do século XXI.

Os liberais de conveniência defendem o Estado mínimo, os progressistas de oportunidade defendem o Estado máximo, sabendo os dois que o que sempre se fez e se faz neste país é montar e desmontar as estruturas do Estado, aparelhar as instituições e patrimonializar o bem comum na conveniência dos grupos em suas passagens pelo poder.  Essas práticas recorrentes e continuadas estão levando o Brasil para um campo perigoso.

Esse debate sem fim e sem consequências é típico de quem não quer mudar nada, de quem nada quer resolver, desse presidencialismo tosco, marginal em que os beneficiários diretos chamam de coalisão.

Uma estrutura empresarial, ou de qualquer outro tipo de negócio, requer planejamento e adequação aos seus propósitos, objetivos, metas; necessita das óbvias respostas de onde se quer chegar, como, quando, com quem e quanto será necessário em investimentos.

Não conheço ninguém que defina claramente o atual sistema nacional de administração pública, esse sistema de governo, essa forma de fazer política, de governabilidade, de gestão usando adjetivos publicáveis. Aliás, desconheço alguém sério que queira falar seriamente desse assunto, da descontinuidade administrativa, do gerenciamento ineficiente da máquina pública, dos absurdos desperdícios de recursos e energia. Mas deve haver alguém sério, dentre os que vivem no país falando da reforma administrativa, da reforma tributária, entre outras. Mas, nos períodos eleitorais as promessas demagógicas sempre voltam.

Então, esqueçamos tudo e voltemos à preferência nacional: discutir o tamanho das coisas sem entrar no mérito da história.

Antônio Carlos Aquino de Oliveira, Colunista, Falando Sério

 

 

 

 

Antônio Carlos Aquino de Oliveira

Administrador, Consultor, Palestrante e Empresário do setor de publicidade

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