MUSEU DO MAR ALEIXO BELOV

O MUSEU DO MAR ALEIXO BELOV É A EXPOSIÇÃO DO PODER DA DETERMINAÇÃO DE UM HOMEM E SEU AMOR PELO MAR

O Museu do Mar é resultado da determinação de Aleixo Belov, a mesma que teve quando decidiu traçar seu caminho pelos mares.

Ontem, 15 de junho, na companhia do meu amigo escultor Américo Azzevedo, visitei pela primeira vez o Museu do Mar. Paguei uma dívida que tinha comigo e realizei um desejo. Tenho que voltar.

Nascido na Ucrânia, o comandante Aleixo Belov veio para o Brasil ainda criança, com os pais, que fugiam da Segunda Guerra Mundial. Por aqui, escolheram a Bahia como novo lar. Criado tendo a Baía de Todos-os-Santos como inspiração, Belov se encantou pela navegação. Tanto que, na juventude, já fazia viagens pelos oceanos acompanhando outros velejadores renomados, como narra no livro “Minhas viagens com outros comandantes”, lançado em setembro deste ano. Com o conhecimento adquirido, começou a navegar pelo mundo, com o veleiro “Três Marias”, com o qual deu três voltas ao mundo: só ele e os oceanos. Por conta desse feito, ganhou um diploma da Marinha do Brasil, por ter sido o primeiro a dar uma volta ao mundo sozinho em uma embarcação com a bandeira brasileira.

Mas não parou por aí. O comandante, que recebeu o título de Cidadão Soteropolitano em outubro de 2021, queria também compartilhar esse conhecimento com as novas gerações. Para isso, construiu o veleiro-escola “Fraternidade” e convidou tripulantes, com idade entre 18 e 30 anos, para compreenderem as lições do mar. Todas essas experiências renderam outros oito livros, escritos por Belov, que narram o ofício do mar e as histórias dos povos que ele conheceu durante as voltas ao planeta. As obras também estarão disponíveis no Museu do Mar.

O Museu do Mar foi idealizado por Belov, que começou a sonhar com o espaço cultural em 2018. Desde então selecionou as peças que estão à disposição do público que quiser conhecer mais sobre navegação e outras culturas, dentre elas, relíquias trazidas da Polinésia, da Austrália, da Índia e de alguns países africanos.

Localizado em um casarão amarelo de três andares, no Largo do Santo Antônio Além do Carmo, o Museu do Mar Aleixo Belov, além das relíquias adquiridas pelo velejador  durante suas cinco viagens ao redor do mundo no veleiro “Três Marias”, em três delas solitário, guarda a própria embarcação, construída pelo comandante em 1976. O veleiro “Três Marias” é o pilar central do museu. O espaço cultural tem 540 m² de exposição permanente com o legado de Belov, e 110 m² para exposições temporárias, além de uma cafeteria na área interna do museu. O projeto museológico do casarão, que mistura arquitetura clássica com moderna, ainda inclui uma sala de projeção de filmes.

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