EXPEDIÇÃO AO FESTIVAL DA CACHAÇA DE SALINAS – VII
EXPEDIÇÃO AO FESTIVAL DA CACHAÇA DE SALINAS – 2024 – CAMACÃ
EXPEDIÇÃO AO FESTIVAL DA CACHAÇA DE SALINAS – VII
Hoje foi o último dia do roteiro da viagem a Salinas com passagem pelo Vale do Jequitinhonha e pela região Cacaueira.
Após dormirmos em Jequitinhonha seguimos logo cedo para Camacã, a tempo de almoçar na Fazenda Floresta Camacã, sede e base da Camacan Design do meu amigo Euvaldo Maia Filho.
Rever um grande amigo em um lugar tão emblemático para mim é uma emoção indescritível.
A Fazenda faz parte do que era o Conjunto de Fazendas Nossa Senhora de Fátima do saudoso amigo Euvaldo Maia, médico, político e cacauicultor absolutamente diferenciado e qualificado. Só a Fazenda em que estou chegou a produzir 15.000 arrobas de Cacau.
Maia Filho mais que preservar, tornou a Fazenda um exemplo de Cabruca, ambiente verdadeiramente equilibrado e ecologicamente trabalhado, bem longe dos discursos cínicos e vazios de governantes e governos. A Camacã Design é um projeto muito à frente de todas as instituições governamentais de fomento ao desenvolvimento, de manejo sustentável de matas, de indústrias verdadeiramente ecológicas.
Só estruturas estatais tão incompetentes, inoperantes, irresponsáveis e negligentes como as nossas são capazes de não dar apoio a tão importante empreendimento.
Nesta casa morei alguns meses na década de 80.
A Fazenda de 180 hectares tem árvores centenárias de Vinhático e Jequitibá majoritariamente, mas também exemplares de Pau d’Arco, Louro Frejó, Sapucaia, Araçá, Pau Brasil, Jacarandá entre outras, algumas de mais de 300 anos, até de 500 anos que sobreviveram à invasão iniciada por Cabral.
São milhares de espécies de fauna e flora.
Quatro horas de caminhada por trilhas e caminhos no meio da roça, muita conversa e um consenso: Os brasileiros precisam resgatar o amor e a vontade de trabalhar, ter dinheiro pata investir em tecnologia e produção. Valor precisa ser criado. Vaca não dá leite e graça, é preciso criá-las, cuidar delas e ordenhá-las. Terra não dá comida, é preciso plantar, cuidar, manter e colher.
O “Estado brasileiro” que age através dos funcionários públicos, precisa deixar de ser inimigo dos que produzem e trabalham, precisa estimular sem paternalismo e clientelismo o estudo e o trabalho, precisa trocar populismo fajuto por administrações públicas competentes, planejamento e gestão, governança e governabilidade.