CONSELHOS

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CONSELHOS

Não me lembro de porquê nem para quê, mas me lembro de ter pedido muitos conselhos, e sempre para pessoas importantes, ao meu olhar e entender, autoridades em alguns assuntos, pessoas experientes, ricas de saber. Foram orientações de rumos e caminhos que me trouxeram até onde cheguei, valores adquiridos.

Na escola da vida aprendi que conselhos se davam e conselhos se pediam, eram bem vindos, mesmo que a teimosia e a rebeldia às vezes se manifestassem.

Havia bem querer nos conselhos e nos bons conselheiros. O bem era desejado.

No trabalho, era normal e comum pedir aos nossos superiores opiniões sobre o nosso desempenho, observações sobre o nosso trabalho, conselhos de quem se reconhecia aprendiz diante de pessoas que sabiam muito mais.

Quando pedíamos conselhos não tínhamos respostas prontas, opiniões a debater, mas adorávamos quando as conversas caminhavam para os diálogos construtivos.

Não nos importávamos com as formas com que os conselhos eram dados, como chegavam, queríamos recebê-los.

Alguns dos meus conselheiros se foram, mas ainda tenho e  preservo pessoas e relações que muito me ensinam, orientam e aconselham. São aprendizados, escolhas, experiências que se acumulam em uma vida que segue, dando, recebendo e agradecendo aos conselheiros os bons conselhos.

Em tudo a consciência e a certeza de que nada sabemos diante de tudo que se sabe e conhece. Esse é o lado fascinante da vida: ter algo mais a aprender a cada dia, todos os dias, a cada instante.

Antônio Carlos Aquino de Oliveira

 

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