COM RAZÃO, AÇÃO – REAÇÃO

COM RAZÃO, AÇÃO – REAÇÃO

 

COM RAZÃO, AÇÃO – REAÇÃO

Na Escola dos Aquinos não éramos e não fomos formados para briga, mas exigidos na autodefesa. Éramos reprimidos e condenados nas agressões, mas rigorosamente punidos na covardia.

Assim, nossas orientações eram não bater, mas não apanhar. Seja homem ou mulher, as lições eram as mesmas: “se vire”, ” dê seu jeito”, “resolva-se”. Evitar brigas de todas as formas, mas não fugir delas. Bateu-levou, caiu-levantou, doeu-gritou, não diga que está gostando daquilo que lhe faz mal. Assim crescemos e foi assim que aprendemos a viver e sobreviver.

Somos pacifistas, repudiamos todas as formas de violência, mas não aceitamos a violência como forma de tratamento conosco. Nada mais desagradável que uma conversa que já começa com alto tom de voz, com agressividade.

Sempre convivemos, sem muito prazer, com gente agressiva, violenta, ignorante, de falsas personalidades fortes, de pavios curtos e fios desencapados, gente sem autocontrole e com elas aprendemos a estabelecer limites.

Essas barbaridades de bater, roubar e matar, para nossas Mestras – Mães – sempre foram inaceitáveis, imperdoáveis, mas também não se deve engolir sapos e levar desaforos para casa: Se respeite e me respeite, pois respeito é bom e quem é gente boa gosta.

Bater em mulher, em velho e criança, nos mais fracos, nem pensar. “Onde já se viu isso?”, “tá doido?”.  Qualquer tipo de covardia é inacreditável, imperdoável!!!

Sinceridade, honestidade, lealdade, na medida do possível, virtudes antes dos defeitos, certo antes do errado.

Foi a partir do Século XXI que começamos a ouvir “não reaja”, “reagir é perigoso”, “as leis, o estado e as instituições” vão nos proteger.  Os conceitos de autodefesa estão sendo abolidos.  As pessoas, agora, filmam e aceitam serem agredidas, ofendidas, desmoralizadas: não reagem. Reagem denunciando e incorporam as consequências emocionais de tamanha violência.

Se há armas nos imbróglios e risco de vida, não reagir é mais que recomendado, é sensato, mas se for no grito e na mão… não vem não!

Se éramos vítimas não sabíamos, não nos comportávamos como tal, não havia discursos de vitimização e de pobre coitado. A vida real era assim: doce e salgada, dura e mole, triste e alegre. Liberdade exigia luta por direitos e independência sempre foi a meta.

Não tínhamos muito tempo para ter medo. Muitas vezes quando o medo chegava, o mal, ou o bem, já havia sido feito.

São novos conceitos de cidadania e direito, mas a covardia não deixa de ser a característica de quem tem medo excessivo, um medo que impede as pessoas de assumirem riscos e enfrentarem os perigos normais e anormais da vida. De muitas formas a covardia demonstra falta de caráter diante dos desafios existenciais. De muitas formas todos que se dobram à covardia são covardes.

Em tudo há de se privilegiar, priorizar e abrir espaço para o amor, a paz, a gentileza e o respeito.

 

Antônio Carlos Aquino de Oliveira

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