Capa Livro REFLEXÕES DE UM CIDADÃO DO MUNDO

Articulista do Ei, Táxi lança livro reunindo artigos e crônicas; Publicação marca os 11 anos do jornal dos taxistas

No ano em que comemora onze anos de circulação, o Jornal Ei, Táxi teve a satisfação de ser homenageado com o lançamento de uma obra literária de um dos seus articulistas, o administrador e empresário, Antônio Carlos Aquino de Oliveira. Lançado no último dia 16 de dezembro, no Restaurante Casa de Fred, em Pituaçu, em Salvador, o livro “REFLEXÕES DE UM CIDADÃO DO MUNDO” é a segunda obra de Aquino, como é conhecido o autor, no mercado nacional de publicidade. São 84 artigos e crônicas publicados, com exclusividade desde 2019, pelo jornal dos taxistas. Organizado e diagramado por Vicente Amaral com prefácio de Alcir Santos, Cronista, Historiador e também articulista do “Ei, Táxi”, autor da fantástica série “Conhecendo a Soterópolis”, o livro provoca o leitor a refletir sobre diversos temas: sobre o país, sobre seu povo, sobre o comportamento do ser humano, entre outros. Uma maneira singular de enxergar o cotidiano do brasileiro, sempre com uma pitada de questionamento sobre aonde esse povo quer chegar.

Lançamento livro REFLEXÕES DE UM CIDADÃO DO MUNDO
O livro foi lançado no último dia 16 de dezembro, no Restaurante Casa de Fred, em Pituaçu, em Salvador – Foto: Divulgação

O livro está devidamente registrado e publicado pela Gulliver Editora com o selo Adelante, tendo os seus primeiros sem exemplares disponibilizados apenas para os amigos, devendo, em breve, estar disponível nas livrarias e como e-book nas lojas digitais.

Buscar levar ao nosso público-alvo, os taxistas, conteúdos exclusivos, além de pautas de politica, economia, mercado e, claro, específicas da categoria, sempre foi um dos objetivos do Ei, Táxi. A publicação de “REFLEXÕES DE UM CIDADÃO DO MUNDO” coroa esse esforço.

Abaixo uma breve entrevista com Antônio Carlos Aquino de Oliveira.

Ei, Táxi: Aquino, o que significa esse livro para você e como você o vê como produto de um Jornal como o Ei, Táxi?

Aquino: Adriano, primeiro, os meus sinceros agradecimentos a você e ao periódico Ei, Táxi. Trata-se do meu segundo livro. A exemplo do primeiro, nasceu sem o comprometimento e preocupação de escrever um livro, aconteceu. Se continuarmos juntos fazendo acontecer, em dezembro de 2022 teremos o volume II, já que o ano nem começou já temos sete artigos publicados que não estão nesse livro. Devem existir livros com a história de sua elaboração parecida com esse, coletânea de artigos publicados, mas não os conheço. Nossa alegria é ver a ousadia e iniciativa do Ei, Táxi em fazer acontecer. Não é todo dia que se vê um jornal segmentado sair da sua curva de atenção e fazer coisas que somente a grande mídia faz.

Ei, Táxi: O que você mais destacaria dessa relação jornal – articulista, leitor – autor em um veículo tão específico e focado?

Aquino: Sempre tive o cuidado em utilizar uma redação acessível a todos os públicos, que também interessasse aos passageiros dos táxis, aos familiares dos motoristas, empresários do setor e ao público em geral. O que mais destaco nessa relação é a liberdade, independência e respeito que sempre tive da Editoria e direção do Jornal Ei, Táxi. Nunca, em momento algum tive um texto censurado, uma observação de conteúdo ou pauta. Isso é raro. Unir a independência do jornal com a minha foi o que permitiu que abordássemos temas complexos sem problemas e constrangimentos. Navegamos de causos aos contos, das análises econômicas às políticas, das questões de administração às de segurança de trânsito sem nenhum problema. Conciliar independência com respeito, liberdade com responsabilidade foi um pacto que honramos juntos.

Ei, Táxi: Como você vê os fatos de 2021 e como você analisa o futuro a partir deles?

Aquino: O Brasil, por conseguinte, seu povo e governantes, se superam na capacidade de piorar o que é ruim. Isso é grave, péssimo. A pandemia é um exemplo – entramos mal nela, estamos ainda lidando mal com ela, com certeza as sequelas ao fim disso tudo não serão pequenas. O ano que vem tem eleições, com tudo que elas poderiam representar de possibilidades de mudanças, mas, mantidas as estruturas de governo e de administração pública nos três níveis de poder, o sistema político, o modelo de república com esse presidencialismo de terceiro mundo, esqueçamos mudanças reais e profundas, necessárias e urgentes. A tudo some a tempestade perfeita que une crise econômica – fiscal, crise social, desemprego e fome, crise de educação e saúde, mau humor e retaliação da natureza com tudo de ruim que temos feito com ela. O mundo não está acabando, mas, com certeza não estamos construindo um mundo ideal para envelhecer nele, muito menos para legar aos nossos filhos.

Ei, Táxi: Como homem de mídia, de veículo, como você observa as tendências dos jornais e revistas?

Aquino: A velocidade das mudanças provocadas pela tecnologia é assustadora. Impossível para um ser humano normal, um empresário médio acompanhar. As plataformas digitais, o ambiente web é uma realidade irreversível, mas ainda estamos na transição do papel para a tela. Questão de tempo. A geração papel, lápis e caneta está passando. Para mim o que de pior poderia estar acontecendo nesse contexto é o ‘emburrecimento’ massivo e crescente decorrente do lado vazio e alienante do digital, da falta de investimento na educação, da profunda crise que vivem as famílias. Há muitas exceções e essa análise não é generalizada. O Ei, Táxi como veículo de imprensa precisa, e muito, de leitores, de gente que saiba ler e também interpretar um texto. Sem educação, conhecimento, estudo e leitura seremos um país condenado.

Ei, Táxi: Como lidar com essa realidade nova?

Aquino: Não sou pessimista e faço um imenso esforço para não ser trucidado pelo realismo. A minha Fé de que as coisas podem e irão melhorar vive em permanente cheque, confronto. Cada vez mais me preocupo em não ser engolido pelo radicalismo, pelo fanatismo que parece dominar o mundo. Nisso tudo surge um novo foco perigosíssimo de terrorismo: a mentira, a desinformação, a manipulação de dados e fatos, a manipulação de pessoas e suas mentes a partir da inteligência artificial, dos algoritmos, do aceleradíssimo e centralizado processo tecnológico de informações, contra – informações e direcionamento de comportamentos e condutas. A melhor forma de lidar com tudo isso é estudando, lendo fontes confiáveis, mantendo distância dos sectários e fanáticos, exercendo com força e atenção o pequeno espaço de cidadania, liberdade, independência e democracia. É preciso que as pessoas pensem com suas próprias cabeças, sejam intolerantes com quem merece as suas intolerâncias. A tecnologia deu muito poder à estupidez e a ignorância. Os estúpidos agora têm seguidores e isso é péssimo. Para lidar com isso é preciso se desintoxicar desse fanatismo religioso – político, usar a sensatez do pensar grande e amplo, de sonhar sonhos saudáveis. É preciso reconhecer as doenças para trabalhar na cura.

Ei, Táxi: No livro você retrata isso em uns artigos. Você mantém as análises que fez ao longo desses três anos?

Aquino: Meus leitores são livres e independentes como eu. Há textos meus que as pessoas gostam, outros lhes são indiferentes e de outros discordam. Isso é bom demais. Há respeito, há diversidade de pensamento. Já fiz textos complementando ou retificando coisas já escritas por sugestão de leitores. Um deles, Francisco, ao ler o livro me pediu que doravante ao apontar os problemas que eu sugira soluções, que aponte saídas. Vou observar esse procedimento doravante. Quem sabe o próximo livro não seja: Problemas e Soluções na Visão de um Cidadão do Mundo.

Ei, Táxi: Valeu o bate papo, mas precisamos encerrar. Obrigado pela parceria. Vamos juntos até onde der.

Aquino: Eu quem agradeço a parceria, o espaço, o espírito agregador e construtivo, livre e democrático do Jornal Ei, Táxi. Conte comigo, Minha Gratidão!

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