DIA DE FESTA NO MAR

DIA DE FESTA NO MAR

Canções para cantar Iemanjá

Em iorubá, Olorum é o Dono do Orun e Criador do Orun e do Aiye, o céu e a terra.

Quando Olorum criou o mundo, destinou a cada Orixá poderes sobre partes e fenômenos específicos da natureza, dos sentimentos e das interações da sociedade.

Para Yemanjá, Olorum destinou a proteção e os cuidados da casa de Oxalá, assim como a criação e proteção dos filhos.

A Festa de Iemanjá é uma das maiores manifestações da cultura e da religiosidade afro-brasileira.

Iemanjá, “mãe cujos filhos são peixes” em língua africana iorubá, tem vários nomes e apelidos e é evocada por muitos deles.

Janaína, Aiocá, Sereia, Rainha do Mar, Aiucá, Dona Janaína, Inaê, Maria Princesa do Aioká, Dandalunda
Oguntê, Marabô, Oloxum…

Iemanjá se faz presente nos cantos e pontos sagrados de diversas religiões afro-brasileira.

A música popular dedicada a Iemanjá, também, está na voz de grandes intérpretes:

Caymmi, Bethânia, Miucha, Pepeu Gomes, Fundo de Quintal, Metá-Metá, Clara Nunes, Alexandre Leão, Inezita Barroso, Martinho da Vila, Saravah Soul, Gal Costa, Gilberto Gil, Mariene de Castro, Otto, Baden Powell, Chimarruts, Natirutis, Os Tincoães, Marisa Monte, Margareth Menezes, Carlinhos Brown, Daniele Mercury, Grupo Gegê Nagô, Rosa Amarela.

Algumas dessas músicas são:

– Rainha do Mar, composta por Dorival Caymmi em 1939 e regravada por Gilberto Gil e Gal Costa. A música exalta a beleza e o poder de Iemanjá, a mãe das águas.

– Dois de Fevereiro, também de Dorival Caymmi, lançada em 1957 no disco Caymmi e o Mar. A música descreve a festa de Iemanjá, que acontece nessa data, e a devoção dos pescadores que levam oferendas para a orixá.

– O Mar Serenou, de Candeia, interpretada por Clara Nunes em 1975. A música narra a chegada de Iemanjá na praia, trazendo paz e harmonia para os seus filhos.

– Lenda das Sereias, de Vicente Mattos, Dinoel e Arlindo Velloso, gravada por Marisa Monte em 1994. A música foi originalmente um samba-enredo do Império Serrano em 1976.

– Yemanjá Rainha do Mar, de Paulo César Pinheiro e Pedro Amorim, cantada por Maria Bethânia em 2006. A música é um ponto de umbanda que saúda Iemanjá como a rainha do mar, a mãe de todos os orixás, a dona da vida e da luz.

– Iemanjá, de Gilberto Gil, lançada em 2010 no álbum Fé na Festa. A música é uma homenagem à Iemanjá e à sua festa, que reúne milhares de pessoas na praia do Rio Vermelho. A música mistura ritmos como forró, xote e baião.

– É Doce Morrer no Mar, composta por Dorival Caymmi em 1943 e regravada por Clara Nunes, Inezita Barroso e Nana Caymmi. A música fala sobre o desejo de morrer no mar, no colo de Iemanjá.

– Caminhos do Mar, composta por Dori Caymmi, Danilo Caymmi e Dudu Falcão em 2001 e gravada por Gal Costa. A música conta sobre o pescador que tem medo e vontade de encontrar Iemanjá.

– Janaína composta e cantada por Otto em 1998.

– Odoyá, composta por Jorge Ben Jor em 1977 e gravada por vários artistas, como Caetano Veloso, Tim Maia e Margareth Menezes.

– Rainha do Mar, composta por Arlindo Cruz, Xande de Pilares e Gilson Bernini em 2009 e gravada pelo grupo Revelação.

– Sexy Iemanjá, do cantor, compositor e guitarrista Pepeu Gomes e Tavinho Paes, lançada em 1993 como parte de seu álbum “Pepeu Gomes”. A canção aborda a sensualidade e a beleza feminina, fazendo uma referência à figura mitológica de Iemanjá, associada às águas e à maternidade.

Aqui, Maria Bethânia no vídeo oficial das faixa “Mar Sonoro” e “Yemanjá Rainha do Mar” do álbum “Dentro Do Mar Tem Rio”.

TEXTO: MAR SONORO
Autoria: Sophia De Mello Breyner

YEMANJÁ RAINHA DO MAR
Autoria: Pedro Amorim / Paulo César Pinheiro

Compartilhamento: Helder Barbosa

Odoyá!

ORAÇÃO A YEMANJÁ

Divina mãe, protetora dos pescadores e que governa a humanidade, dai-nos proteção.
Oh, doce lemanjá, limpai as nossas auras, livrai-nos de todas as tentações.
És a força da natureza, linda Deusa do amor e bondade
Ajude-nos descarregando as nossas matérias de todas as impurezas e que a vossa falange nos proteja, dando-nos saúde e paz.
Que assim seja feita a vossa vontade.

Odoyá!

Peça, ore, reze, medite, prometa, mas faça por merecer.

O mundo poderá ser melhor

Não sou do grupo que desperdiça a sua cota de esperança e otimismo por qualquer razão. Sou mistura de São Tomé com Mineiro: um olho na missa o outro no padre. Baiano não para com os dois pés juntos para não levar rasteira.

Todas as vezes que vou a uma festa profana – religiosa em qualquer lugar do mundo fico pensando: – Se toda essa gente, com as feições sérias e contritas, que observamos nesses ambientes, nos seus cotidianos se comportassem com ética, honestidade, respeito e dignidade, o mundo seria de paz e harmonia.

Andei na contra mão da imensa fila de pessoas para colocar flores para Yemanjá, nesse 2 de fevereiro de 2024 no Rio Vermelho. Havia gente de todo tipo e jeito, todos humanos. Nos seus semblantes não havia contradições entre a fé manifesta e as suas práticas. Não havia hipocrisia, cinismo, descaração ou desonestidade nos propósitos.

Se a palavra e as aparências tiverem sintonia com as atitudes do dia a dia, o mundo poderá ser muito melhor.

 

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