UM PASSEIO EM MORRO DO CHAPÉU – VII

UM PASSEIO EM MORRO DO CHAPÉU – DEGUSTANDO MANDACARU

 

UM PASSEIO EM MORRO DO CHAPÉU – VII

O Mandacaru, muito mais que uma espécie da Caatinga, do Sertão, do Semiárido, é uma radiografia dos brasileiros: sobrevivência e resistência. Apesar de enfrentar as mais difíceis condições, ele é capaz de dar flores e frutos, matar a sede e a fome.

O mandacaru – Cereus jamacaru – também conhecido como cardeiro, chega a ter seis metros de altura e muitas vezes nos lembra um candelabro.

O Mandacaru restaura solos, serve de cerca viva, alimenta os animais, sobrevive às severas secas por sua imensa capacidade de captação e armazenamento de água.

Os pássaros e o vento semeiam novas plantas que, sem folhas e com espinhos, não dão sombra nem encosto. Seus frutos e flores servem de alimento para pessoas, pássaros e insetos.

Suas flores brancas desabrocham à noite e murcham ao nascer do sol. O fruto tem cor violeta forte e polpa branca com sementes pretas.

Dele retiram-se os espinhos para servir de alimento para os animais nos longos períodos de estiagem. Ornamenta jardins, praças, é nome de ruas, empresas, fazendas, sítios, povoados, bairros e cidades.

O processo de adaptação do mandacaru ao semiárido durou milhões de anos, porém a sobrevivência da espécie está ameaçada pelo animal mais predador do planeta, os humanos, com os desmatamentos, queimadas e doenças que ameaçam a permanência desta cactácea no bioma da Caatinga. A sua extinção representará uma perda irreparável para o meio ambiente, para a agropecuária, a criação de animais e até para a alimentação dos sertanejos.

 

 

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