V EXPEDIÇÃO À SERRA DA CANASTRA – O RETORNO II

V EXPEDIÇÃO À SERRA DA CANASTRA: O RETORNO E NOVAS SURPRESAS

 

V EXPEDIÇÃO À SERRA DA CANASTRA – O RETORNO II

Viagens são sonhos que se tornam realidade com participação de tanta gente, que se cada viajante pensasse bem, seria só gratidão. Do motorista do táxi que nos leva e traz de casa ao aeroporto, as equipes de aeroportos e companhias aéreas, os comandantes, marinheiros, maquinistas e pilotos, dos garçons aos cozinheiros dos restaurantes e hotéis, das recepcionistas às camareiras das pousadas, os guias e operadoras, os seguranças, os investidores e os empresários, os trabalhadores da fantástica indústria do turismo, todos trabalhando unidos para atender bem os viajantes. Quem sabe viajar, sabe agradecer a todos e a tudo que lhe assegura uma boa viagem. Quem sabe viajar, é gente boa.

No domingo, dia 6 de novembro, em Capitólio, já nos movimentos de retorno, acordamos e fomos em busca de uma padaria para o café da manhã. Nas melhores energias que me acompanham, encontramos uma simpática, simples mas charmosa casa de chá. A única pessoa trabalhando no local era de uma simpatia e gentileza acima dos padrões, coisa típica dos mineiros.

Sozinha, ela fazia tudo com incrível rapidez e qualidade. Sucos, frutas, cafés, sanduíche e tapioca foram nossos pedidos.

Já estávamos pagando a conta quando um senhor nos chamou a atenção por nada consumir, mas permanecer transitando no local. Puxamos conversa, e como é da tradição mineira, ganhamos um amigo e mais um guia privilegiado para as nossas próximas viagens a região.

Tratava-se de um fazendeiro da região, conhecedor da cultura e tradição local, que também era dono da Casa de Chá. A pessoa que nos atendeu, e que também era a cozinheira, caixa e gerente do estabelecimento, era filha dele. Uma típica moça do interior de Minas, formada em Engenharia Civil, Secretária de Obras do Município e que, aos fins de semana, dá uma ajuda na casa de chá dos pais. Ao parabenizá-lo pela educação que deu a ela e pela forma como a criou, ele foi direto: “Você precisa conhecer a Mãe delas, uma máquina de trabalhar e educar. À tarde, minha outra filha, que é doutora, vem substituir essa aí. Ela é a Secretária de Esportes e Turismo da cidade.”

Fora de todos os rótulos, conceitos e preconceitos que se pode ter sobre o termo “família”, gerações, educação, comportamento, o interior de Minas tem muito que ensinar.

 

 

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