A SALVAÇÃO ESTÁ NA ADMINISTRAÇÃO

A SALVAÇÃO ESTÁ NA ADMINISTRAÇÃO

A SALVAÇÃO ESTÁ NA ADMINISTRAÇÃO

O que sempre se praticou no Brasil foi a “política” – o que os brasileiros chamam de… – com total hegemonia sobre a Administração Pública. Com os movimentos de aparelhamento da máquina pública para fins eleitorais de grupos de poder e a transformação do serviço público em instrumento de militância ideológica e religiosa deu-se o caos que hoje se observa e se vive.

Para nós, Administradores, o que de pior pode acontecer em uma empresa é quando seus donos ou acionistas misturam suas vidas privadas com os negócios. Na Administração pública, quando um servidor público deixa de cumprir seus deveres funcionais para atender a interesses particulares, partidários ou religiosos, mais que desvio de função, prevaricação ou crime, dá-se a desvirtuação completa do papel do Estado e das Instituições. Na sua infinita capacidade de piorar o que é ruim, tal situação no Brasil está instalada nos três poderes da república, tornando a prevaricação, a corrupção e o desvio de finalidades lugar comum, regra.

Quando afirmo que A Solução do Brasil está na Administração, não defendo o fim da política ou a burocratização total e absoluta do Estado, mas a separação das coisas, a profissionalização das funções, a elevação do nível das práticas com superação dos métodos atuais.

A desorganização da máquina pública e o total descontrole não é estrutural, é tática e estratégia dos governantes, com a omissão e cumplicidade dos piores tipos de funcionários públicos.

O maior exemplo não está só na corrupção, no enriquecimento ilícito, na apropriação indébita da coisa pública, está no uso vergonhoso do dinheiro da sociedade produtiva e trabalhadora para comprar eleitores e apoios para que essa realidade se perpetue.

A perplexidade que hoje se abate sobre a maioria das pessoas com a revelação do grau de radicalismo e fanatismo de muitos brasileiros não é maior que ver a omissão dos que estudaram, fizeram até concurso e juramento para Administrar, gerenciar, controlar e coordenar empresas públicas, a estrutura do Estado e não o fazem. Essas barbaridades se repetem em todos os setores do serviço público, sendo o mais grave deles no setor de educação, onde professores abandonam seus programas curriculares para doutrinar jovens na linha das suas crenças e fanatismos.

Nesse contexto de caos e horrores mantém-se o superficial e irresponsável debate sobre o tamanho do Estado e da máquina pública por parte dos que nem sabem o que é isso e dos que sabem muito bem, mas querem cada vez mais dominá-la em favor de seus projetos pessoais e dos seus grupos.

Dos Administradores, era de se esperar mais, mas ninguém dá o que não tem, ensina o que não aprendeu ou faz o que não sabe. Passar pelas escolas não forma um profissional.

Adm. Antônio Carlos Aquino de Oliveira