EDUCAÇÃO PARA LIBERDADE

“Educação para a liberdade” é um artigo já publicado no “Jornal Ei, Táxi” e no livro “Reflexões de um cidadão do mundo”, lançado pela Editora Adelante, em 2021.

 

EDUCAÇÃO PARA LIBERDADE

 

Precisamos entender “Educação” nos seus mais amplos sentidos e traduzir liberdade como bem estar, felicidade, paz e independência de ser.

Um ser humano educado, civilizado, com conhecimentos básicos das diversas áreas das ciências exatas, sociais e humanas tende a ser alguém mais saudável e feliz, por consequência, alguém que faz bem a si e ao mundo, gente necessária.

O fundamento básico da educação para a liberdade passa pela responsabilidade que se deve ter pela própria vida, pelas escolhas que se faz. O uso correto e inteligente do livre arbítrio torna as pessoas senhoras dos seus destinos, livres e leves. Tutelas e dependências são nocivas ao desenvolvimento humano.

Cabe desmistificar o entendimento de que educação tem apenas relação direta com títulos de graduação, escolaridade, poder econômico e político, status social, condições que por si só não asseguram sabedoria, civilidade e nível existencial elevado dos indivíduos. Preconceitos, em muitos aspectos são essencialmente falta de educação.

As pessoas verdadeiramente educadas sabem que bons hábitos de higiene e alimentação se traduzem em saúde mental e física, sabem que o óbvio é simples, e, como tal, praticam a gentileza e a generosidade como forma de ter e receber recíprocos tratamentos.

Quem tem educação administrativa e financeira mediana sabe que viver subordinado às suas condições econômicas e orçamentárias é pressuposto de tranquilidade pessoal, familiar e social. Ter o padrão de vida pessoal atrelado à renda e orçamento próprio é determinante para a formação e existência do Ser livre. Tratar alguns mecanismos de crédito disponíveis no mercado como renda é grave falta de educação.

Pessoas que tiveram boa formação e têm educação no trânsito não se preocupam com fiscalização, com multas, com acidentes, pois sabem que existem regras a serem obedecidas e as cumprem.

A felicidade na paternidade e maternidade só é possível com pais e mães educadores, disciplinadores, formadores de cidadãos e pessoas de bem. Os bons exemplos dos pais, a boa educação doméstica, valores dignificantes da pessoa humana são determinantes para o crescimento dos filhos como pessoas verdadeiramente livres.

Vivemos, sem catastrofismo, mas com senso de realidade, em todo o mundo, uma profunda crise moral, ética, política e existencial da humanidade, poderíamos até afirmar ser um momento alucinado e alucinante das relações psicológicas, sociais e institucionais. Há uma relação direta de tudo isso com a falta de liberdade individual decorrente da pouca ou da falta de educação qualificada e edificante das pessoas.

As opções de formação e informação jamais foram tão acessíveis, tão democratizadas e universalizadas, entretanto, torna-se um desafio essencial de todos e de cada um de nós estudarmos, sermos críticos e responsáveis com o que lemos, falamos, pensamos, consumimos e fazemos. A difusão das mentiras, propagandas enganosas e notícias falsas (fake) só serão devidamente combatidas com educação qualificada, senso crítico aguçado dos bem informados.

Em todos os cantos e lugares percebemos as pessoas normais e sadias clamando por liberdade e paz, democracia, justiça e bem estar, entretanto essas conquistas só serão possíveis com educação civilizatória, com gentileza, com cuidados e zelos por si e pelo próximo, com respeito às regras e as leis. Bom dia, boa tarde, boa noite, obrigado, desculpe, entre outras palavras e posturas de pessoas educadas, são instrumentos de paz e harmonia.

Mais uma vez, mesmo sem nenhuma mudança estrutural significativa, vamos às eleições com as esperanças que caracterizam os brasileiros. É fundamental se votar em candidatos que tenham compromissos claros e explícitos com a educação qualificada. É essencial eleger pessoas educadas, de bem, sem vícios, ilibadas e probas, capazes e que possam efetivamente representar mudanças para melhor, sem jamais esquecer que em cada um de nós mora um ser que pode e deve ser livre e que a liberdade só é acessível, pelas mais diversas formas de se mostrar e ser, educado.

 

Antônio Carlos Aquino de Oliveira

Administrador – Consultor – Publicitário – Empresário

 

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