EDUCAÇÃO DE QUALIDADE, A ÚNICA SAÍDA

“Educação de qualidade, a única saída” é um artigo já publicado no “Jornal Ei, Táxi” e no livro “Reflexões de um cidadão do mundo”, lançado pela Editora Adelante, em 2021.

 

EDUCAÇÃO DE QUALIDADE, A ÚNICA SAÍDA. 

Quando uso o termo qualidade, quero ressaltar seu sentido mais amplo e completo, não apenas reforço de linguagem. Educação sem qualidade é farsa, mentira, desperdício e enganação. A falta de educação é mal que se manifesta no caos do nosso dia a dia.

Não acompanho os debates sobre escolas sem partido, escolas sem religião, escolas sem abordagens das questões sexuais, mas tenho meu entendimento sobre o assunto e vou respeitosamente colocá-lo.

A precocidade e a falta de respeito com as fases das crianças e jovens têm demonstrado suas graves consequências na vida da sociedade, no desenvolvimento do país. Somos uma sociedade adoecida, com graves problemas gerados pela falta de educação de qualidade, civilizada e qualificada. O custo da ignorância é insuportável.

Na idade certa, na hora certa, e colocado pelas pessoas certas, habilitadas e capazes nas matérias pertinentes, é sim a escola também o ambiente ideal para falar de política, partidos, todas as ideologias, sistemas e regimes, passados e presentes, suas características, pontos fortes e fracos. Com as mesmas considerações ensinar todos os aspectos de todas as religiões, histórias, suas características e diferenças, sem impor ou obrigar submissão. Concepção, maternidade, paternidade, doenças sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada, planejamento familiar, responsabilidade civil podem e devem estar nos currículos escolares, ministrados por profissionais preparados, capazes de formar e informar, sem deformar.

A falência do serviço público no país, principalmente no setor educacional, passa pela desmotivação e desqualificação dos recursos humanos, pela desestruturação da máquina pública, com a hegemonia da burocracia e estruturas de apoio sobre os fins e objetivos das instituições. Existem mais funcionários nos gabinetes que nas salas de aula, e muitas vezes mais desqualificados nas salas que nas ruas. Professores sem planos de carreira, sem reconhecimento, sem segurança, sem avaliações meritórias, sem metas, sem compromisso com os produtos finais das suas funções: formar cidadãos e profissionais habilitados e aptos à vida produtiva, harmônica, civilizada, respeitosa, democrática e construtiva em sociedade.

A educação é sim o caminho de saída para mais saúde, mais harmonia entre pessoas, mais respeito aos direitos e cumprimento de deveres, mais liberdade e independência, mais dignidade humana. Educação é algo muito maior que conhecimento técnico-científico, que a formação acadêmica, é o caminho e a saída para o desenvolvimento, para a não violência, para o respeito ao meio ambiente, para o crescimento econômico, da renda e da riqueza.

Cabe concluir abordando a fundamental e essencial educação doméstica, de casa, familiar, de valores existenciais, comportamentais, bons hábitos e costumes. Pessoas incapazes de cuidar de si mesmas, perdidas e sem rumo, com graves problemas de saúde mental e física, irresponsável e inconsequentemente concebem, viram mentiras em forma de pai e mãe, reproduzem problemas.

Observamos com preocupação a inversão absoluta de valores, a ditadura dos filhos onde pais e mães inaptos transferem às crianças, avós, escolas e à sociedade suas responsabilidades, deveres e seus papéis. A corrente da infelicidade se reproduz: mal educados geram e formam novos mal-educados, cabendo à nação arcar com os custos dos erros individuais originais. Ser pai e mãe não é brincadeira, não é parque de diversões. Ser pai e mãe é sim uma escolha, uma opção, mas bem educar é uma obrigação.

O futuro do país, o bem estar da sociedade está nas crianças e jovens de hoje, daí tamanha preocupação manifesta com a educação, com a formação deles.

Educação de qualidade liberta e promove a felicidade, dá alegria e leveza, simplifica o viver, dá forças e condições para superação dos problemas, cria condições para a evolução humana.

 

Antônio Carlos Aquino de Oliveira

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