Situação precária de brasileiros

Brasileiros Afegãos – Por Antônio Carlos Aquino de Oliveira

As imensas diversidades culturais existentes em todo o mundo, jovem ou milenar, fazem do planeta um fantástico laboratório de experiências, belezas e caos.  A natureza, o clima, as topografias e relevos, fauna e flora são os cenários desse fantástico teatro planetário de alegrias e tristezas, de amor e dor, de encantamento e desespero.

Tamanho universo de diferenças e idiossincrasias se reflete nos modelos políticos e administrativos, nas formas e sistemas de governo, tornando impossível a padronização mínima entre eles, até mesmo harmonizar tamanhas diferenças, mesmo com milênios de exercícios negociais e diplomáticos.

Memórias coloniais, escravagistas, de dominação e subordinação de povos não são facilmente abolidas, modificadas, especialmente pelas vias e métodos de educação disponíveis no mundo, nenhum universalizado e cabível a todos. Raros são os processos educativos que conduzem à verdadeira liberdade, independência e soberania de pessoas e nações.

Entre os maiores desafios de mudanças e transformações, o principal se sustenta nas interrogações: quem quer mudar, para que, como, quando?

As histórias de invasões de nações por nações, de dominação de povos por outros povos, dos impérios com suas efêmeras e transitórias conquistas são exemplares, riquíssimas. Dominar pela força é submeter, escravizar, condição insustentável a longo prazo, dado que liberdade e autonomia estão na raiz da natureza humana.

O Afeganistão e sua gente são o exemplo da vez. O que aconteceu com os bilhões de dólares investidos pelos Estados Unidos no país para criar uma estrutura de autogestão e soberania, para depois de tudo voltar a ser o que era? Evidente que a corrupção de políticos e governantes, lugar comum no planeta, não é a única explicação. E o povo? A sociedade local, o que quer para seu país e sua gente?

Tudo isso nos traz ao Brasil. Após séculos e todo dinheiro gasto em educação e cultura, nossa gente continua majoritariamente analfabeta, sem profissão e emprego, sem governos decentes, dependente de todos os tipos de bolsas e auxílios.

Lá e cá, ainda se acredita no “Grande Pai”, nos salvadores da Pátria, nos líderes que conduzirão todos ao paraíso, abstendo-se do direito cidadão de emancipação, de libertação, de construção de nações verdadeiramente democráticas, livres, soberanas e desenvolvidas.

Não basta que o povo brasileiro seja apenas solidário ao povo afegão, é preciso aprender que nenhum governo com ideologia que submete o povo às arbitrárias vontades dos donos do poder, presta.

Independência ou Morte, Liberdade ainda que tardia. 7 de Setembro nesse contexto é uma data simbólica, emblemática, oportuna: O que é mesmo que o povo brasileiro entende por Liberdade, Independência, Soberania, Cidadania?

Antônio Carlos Aquino de Oliveira

Administrador, Consultor, Palestrante e Empresário do setor de publicidade

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