A PRORROGAÇÃO DO TERCEIRO TEMPO

A PRORROGAÇÃO DO TERCEIRO TEMPO

A prorrogação do terceiro tempo é o título do livro que pretendo escrever, mas ainda não comecei. Será um livro de histórias, experiências reais de pessoas reais, minhas, dos amigos e conhecidos.

Não será um livro crítico ou analítico, de conclusões ou recomendações, será um livro que, de forma prática e simples, reafirmará a importância da reflexão sobre a imprevisibilidade da vida, a inconsistência dos planos existenciais dos humanos e sobre os conceitos de aposentadoria, velhice, idade, hora de “parar”.

Nenhuma verdade é universal e generalizável quando submetida aos planos pessoais e realidades individuais.

Ao longo da vida, cada um de nós constrói realidades físicas, sociais, econômicas e financeiras que terão consequências no futuro e relação direta com a prorrogação do terceiro tempo. A lógica do colher o que se plantou faz todo sentido nesse momento. Os que construíram muros e grades continuarão presos, os que construíram asas, voarão. Nada mais fantástico e desafiador que, a qualquer tempo da vida, mudar a direção do modo de viver, no rumo e no prumo de estar melhor e ficar bem.

O livro não terá nenhuma pretensão de julgar, de dizer o que é certo ou o que é errado, comparar escolhas e experiências, apenas abrir caminhos para o pensar, o trocar ideias e pontos de vista. Aprender sempre será opção.

Em tempos longevidade favorecida por remédios, medicina e condições de vida, de garantias estendidas, A PRORROGAÇÃO DO TERCEIRO TEMPO será um livro sem medo e sem culpa, como deve ser a vida das “bananeiras que já deram cachos”, dos velhos, idosos, antigos, tios e avós, da melhor idade, maiores, seniores, masters, da turma que tem algumas prioridades, mas nenhuma vantagem.

Em tudo tem o dedo do tempo, esse juiz generoso e cruel, amoroso e impiedoso, amigo dos sábios e inteligentes, carrasco dos bobos e inocentes. Os devotos das frases prontas e das palavras vazias jamais entenderão o real significado do hoje e agora, pois a prisão ao ontem e ao amanhã não lhes permite. Daí, pensar com sabedoria na prorrogação do terceiro tempo é uma proposta além das razões cotidianas, das lógicas comerciais, das religiões e ideologias.

 

Antônio Carlos Aquino de Oliveira

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