O alto custo da ignorância!

No trânsito, nas empresas, nas praias, nos espaços privados e públicos, na economia e na saúde, em todos os setores do relacionamento entre brasileiros, pagamos cotidianamente os altíssimos custos da nossa coletiva e universalizada falta de educação, da nossa patente e exposta ignorância.

É estarrecedor ver, em pleno século XXI, a forma com que é conduzida a crise das universidades públicas brasileiras, a queda de braços governo x governo, serviço público x serviço público. Cabe deixar claro, sempre, que os cursos superiores são a ponta final do problema, cuja origem começa nas casas – famílias, passa pelas escolas primárias e secundárias e terminam no gravíssimo problema da profissionalização, da formação para a produção e o desenvolvimento, dentro das faculdades. Pior é saber que nosso maior problema não é dinheiro – investimentos, mas como ele é gasto, onde e como é aplicado.

Sem generalizar e comemorando as exceções, a qualidade e os resultados de educação no Brasil são catastróficas, estarrecedores, vergonhosos. Como não incluir as universidades públicas nessa problemática? Entretanto, longe de ser a solução as ações intempestivas, generalizadas, agressivas e desmoralizantes das instituições. Que se punam severamente os desvios e erros, mas que se preserve, conserte e conserve as fundamentais universidades públicas. Cabem qualificadas e profissionais auditorias, diagnósticos completos e profundos do setor, análises isentas e imparciais dos seus custos e resultados, suas aplicações, seus produtos finais (profissionais formados). Cabe avaliar as estruturas, os investimentos, as prioridades.

Não cabe, sob nenhum pretexto, julgar os erros, desvios e necessidades de mudanças profundas no ensino público no Brasil à luz e sob a ótica apenas das ideologias do momento, das políticas partidárias, das religiões sectárias e crenças excludentes, dos que estão no poder, com o efêmero e passageiro poder.

Já escrevi muitas vezes sobre as gerações perdidas de ontem, de hoje e de amanhã – perdidas! A continuar como está, sem priorizar o setor, nosso destino futuro será melancólico, desesperador.

O Brasil, com sua eterna bi–polaridade política/ideológica, estúpida, sempre entre extremos radicais e intolerantes, obtusos e burros, precisa acordar e entender de uma vez por todas, que, ou faz a revolução pela educação, na educação e com a educação, vide Coréia do Sul, Japão e Finlândia, ou estará condenado a ser cada vez pior.  

Acreditamos e apostamos nas inteligências, nas capacidades dos bons e melhores, na melhor solução para educação no Brasil.

 

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